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Conservatório de Tatuí recebe show “Margens da palavra”, de Juliana Amaral

Espetáculo contemplado pelo Edital ProAC 16/2022 faz turnê em São Paulo e será apresentado no Teatro Procópio Ferreira dia 17 de agosto, às 20h, com participação de Ana Malta e entrada gratuita

Conservatório de Tatuí recebe show “Margens da palavra”, de Juliana Amaral

14/08/2023

O Conservatório de Tatuí – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela Sustenidos Organização Social de Cultura e considerada a maior escola de música e artes cênicas da América Latina – recebe em agosto o espetáculo “Margens da palavra”. Realizado inteiramente por mulheres, o projeto traz a cantora, atriz e compositora Juliana Amaral acompanhada por Louise Woolley (piano) ou Erica Navarro (violão e violoncelo), e recebe, a cada récita, uma artista local (música, atriz, poeta, artista da dança) para uma participação especial. Nesta apresentação, Juliana será acompanhada por Erica Navarro (ex-aluna) e a convidada é a cantora Ana Malta, docente do curso de Canto MPB/Jazz do Conservatório de Tatuí. O projeto contempla, ainda, a realização de oficinas com Juliana Amaral, e roda de conversa com as artistas, após os espetáculos.

Na turnê contemplada pelo ProAC 16/2022 (Circulação de espetáculos), foram realizadas 7 apresentações em espaços culturais independentes dos bairros Vila Claudia (Butantã, Zona Oeste), Vila Prel (Jardim São Luiz, Zona Sul), Jardim Vera Cruz (Parque São Rafael, Zona Leste) e Perus (Zona Norte), na capital, e nas cidades vizinhas Campinas, Suzano e Taboão da Serra. O último espetáculo da turnê será realizado em Tatuí. Toda a programação é gratuita.

Cultura é a palavra que nos apalavra

Provocada por um texto de Eliane Brum que fala da falência do pacto civilizatório quando se perde a mediação da palavra, Juliana Amaral concebeu o espetáculo Margens da palavra.

Com repertório de canções costuradas à leitura de textos que pensam sobre as diversas dimensões da palavra em nosso tempo (violência, deslocamento, afeto, silêncio, apagamento, injustiça, solidão), Margens da palavra se destaca pelo refinado acabamento técnico, visual, cênico e musical, característica do trabalho de Juliana Amaral.

Com 29 anos de carreira, seus projetos são estruturados de maneira que seus elementos – arranjos, sonoridade, roteiro, cenário, figurinos, iluminação, movimentação cênica, produção, materiais gráficos – dialoguem formando um amálgama único, que reflete a coerência estética e ética que norteia a carreira da artista.

Atravessando margens, riscando a palavra

No palco, Juliana Amaral é acompanhada ora por Louise Woolley (piano), ora por Erica Navarro (violão e violoncelo). Em cada récita, a dupla recebe a participação especial de uma mulher artista do território visitado. O espetáculo, portanto, absorve e se ajusta às características do trabalho da convidada – repertório, performance e linguagem – num ambiente de experimentação e improvisação. Um lugar de encontro afetuoso, fronteiriço (canção/ dança/ teatro/ literatura), e sobretudo de diálogo poético entre as artistas. Um forte envolvimento com os agentes culturais locais (grupos e espaços culturais, escolas, produtores, artistas, agitadores) é fomentado, de modo a articular, territorialmente, a ampliação e aprofundamento das atividades propostas.

Conjugando o nós, amarrando os laços

O projeto inclui, em cada território, a realização de oficinas de corpo-voz com Juliana Amaral, e de uma roda de conversa com as artistas, após os espetáculos. Os encontros de formação são fundamentais para o projeto: uma oportunidade de troca de saberes e experiências mais enraizada, que estimulam práticas artísticas e culturais, formam e qualificam o público, multiplicam conhecimentos e dão longevidade ao projeto.

 

Ficha técnica
Juliana Amaral
voz, direção musical
Louise Woolley piano/teclado
Erica Navarro violoncelo e violão
projeto gráfico, produção executiva Estúdio Risco
fotos Marcelo Dacosta
gestão Luanda Comunicação e Cultura
direção de arte Humberto Pio
direção geral Juliana Amaral

 

SERVIÇO
Espetáculo “Margens da palavra”, de Juliana Amaral
Erica Navarro, violão e violoncelo
Artista convidada: Ana Malta
Data: 17 de agosto de 2023, quinta-feira
Horário: 20h
Local: Teatro Procópio Ferreira – Conservatório de Tatuí
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Entrada gratuita – Retire seu ingresso pela INTI: https://conservatorio-de-tatui.byinti.com
Classificação indicativa: Livre

Breve histórico do espetáculo e mini-bios

Margens da Palavra foi contemplado pelo Edital ProAC LAB 2021. No espetáculo (gravado no Teatro da Faap, São Paulo), Juliana Amaral foi acompanhada pela pianista Louise Woolley, e recebeu três artistas mulheres para participações especiais: Carolina Amares (bailarina), Erica Navarro (violoncelista) e Victória dos Santos (cantora e percussionista). Com direção de fotografia de Julia Zakia e direção de arte de Humberto Pio, foi filmado cinematograficamente, e posteriormente editado em episódios, que estrearam nas redes sociais da artista em maio de 2021. Além dos espetáculos, foram realizados  três encontros de formação (via Zoom) com 2 horas de duração cada – tudo disponível no Youtube da artista.

Com mais de 1500 visualizações orgânicas nas plataformas da artista, o espetáculo foi selecionado pelo Edital ProAC nº 16/2022 (Circulação), permitindo que essa experiência musical e poética se potencialize pelo cruzamento de caminhos, firmado agora em território.

 

Juliana Amaral é cantora, compositora, escritora, atriz e designer gráfica. Tem 5 discos autorais lançados: Açoite (Selo Circus, 2016), SM, XLS (2012, Selo Sesc), Entrevista com Stela do Patrocínio (Selo Cooperativa de Música, 2007), Juliana Samba (2007, Lua Music) e Águas Daqui (2002, Lua Music). Seus espetáculos foram apresentados em mais de 30 cidades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Participou também de diversos CDs, DVDs e espetáculos de artistas nacionais e internacionais, incluindo concertos como solista das Orquestras Jazz Sinfônica, Sinfônica da Bahia e Petrobras Sinfônica.

Em 2021, foi contemplada pelo Edital ProAC LAB para a realização do projeto “Margens da palavra”, com espetáculos e encontros de formação, disponíveis em seu canal do YouTube. Em 2021/22 participou do projeto “Tantas Vozes”, da Cia As Graças (Lei de Fomento, SP), no qual coordenou oficinas de corpo-voz nas 5 regiões da cidade de São Paulo, e dirigiu, ao lado da diretora Maria Thaís e professora Barbara Biscaro (UDESC), o experimento cênico “Tantos cantos na cidade”.

Multiartista, a cantora conduz roda de samba há 18 anos no Ó do Borogodó, casa de samba e choro em São Paulo. No teatro, atuou na peça Entrevista com Stela do Patrocínio (Georgette Fadel e Lincoln Antonio, 2004-17). É professora de canto e preparadora vocal, e coordenou trabalhos para cantores, atores, estudantes, grupos de música e teatro por todo Brasil. Tem dois livros lançados (Samba Mínimo, Extra Luxo Super, 2012 e Transitivos, 2011) e escreve no blog As cartas ridículas. É também artista gráfica, sócia do Estúdio Risco, coletivo multidisciplinar que desenvolve projetos de arquitetura e design.

 

Erica Navarro compõe, toca violão e violoncelo, arranja e produz. Tem bacharelado em violoncelo pela ECA/USP. Durante sua carreira, teve performances regulares em orquestras, incursões na música brasileira, experimental, além de compor e atuar em trilhas sonoras para teatro, audiovisual e dança. Em julho de 2022 lançou seu primeiro álbum autoral, intitulado ‘Aqui’, realizando show de lançamento no Sesc Instrumental Brasil (Sesc Consolação, São Paulo). Em 2020, lançou dois singles ‘Retina’ e ‘Casea’. Sua composição ‘Spiral’ para quinteto de cordas, foi uma das finalistas do Festival de Música Rádio MEC 2021. Em 2022, integrou a residência artística ‘Field’ com a Cia Curious Seed Dance (Escócia), pelo 25.ºCultura Inglesa Festival. Em 2016, participou da residência artística Massa Revoltante (Goethe-Institut-SP) ao lado de Grada Kilomba, Neo Muyanga, Karina Buhr, Xenia França entre outros. Integrou a Vintena Brasileira, orquestra de André Marques. Atualmente faz parte do Risco quarteto, Onirika trio, dos projetos ‘Rir para não chorar’ (Carol Naine), ‘MAHKALA’ (Rubens Oliveira) e ‘Margens da palavra’ (Juliana Amaral).

Louise Woolley é pianista e compositora de São Paulo. Em 2013, lançou seu primeiro disco autoral. Desde então vem apresentando seu trabalho em festivais como: “Jazz a la Calle” (Mercedes /Uruguai), “Choro Jazz” ( Jericoacoara/Ceará), “IlhaBela in Jazz” (Ilha Bela/SP), “Festival de Inverno de Garanhuns” (Garanhuns/Pernambuco), “Savassi Festival” (Belo Horizonte/MG), “Gourmet Jazz Fest” (Águas de São Pedro/SP), além de diversas casas de música no Brasil, Argentina, Uruguai, França, Portugal, Suiça, etc. Em 2016 gravou seu segundo disco – “Ressonâncias”. Em 2018 foi convidada a participar do projeto “Música Nova”, para o qual compôs um show inédito, comissionado pelo Savassi Festival (Belo Horizonte). Desse projeto surgiram as composições de seu novo álbum- “Rascunhos”. Lançado em 2020, o disco foi gravado pelo selo Blaxtream, ao lado de Jota P. Barbosa (sax), Diego Garbin (trompete), Livia Nestrovski (voz), Bruno Migotto (contrabaixo) e Daniel de Paula (bateria).

 

Contato
Juliana Amaral
julianamaral.projetos@gmail.com
+55 11 99127 0707

Juliana Amaral nas redes sociais
Instagram @julianamaral
YouTube praverjuliana
Spotify @juliana amaral
Facebook @julianamaraloficial

 

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Sobre o Conservatório de Tatuí: Fundado em 11 de agosto de 1954, o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí – ou apenas Conservatório de Tatuí (SP), como é conhecido internacionalmente – é uma das mais respeitadas escolas de música e artes cênicas da América Latina. Oferece mais de 100 cursos regulares, livres e de aperfeiçoamento gratuitos nas áreas de Música Erudita (instrumentos, canto e regência), Música Popular Brasileira, Artes Cênicas e Luteria. Atende aproximadamente 2 mil alunos anualmente, vindos de todas as regiões do Brasil e, também, de outros países, como Argentina, Chile, Coreia do Sul, Equador, Estados Unidos, Japão, México, Peru, Portugal, Síria, Uruguai e Venezuela. É considerado uma das mais bem-sucedidas ações culturais do Estado, oferece ensino de excelência, com a missão de formar instrumentistas, cantores, atores, regentes, educadores e luthiers de alto nível. Sua importância no cenário musical é tão acentuada que garantiu à cidade de Tatuí o título de Capital da Música, aprovado por lei em janeiro de 2007. A instituição é gerida pela Sustenidos Organização Social de Cultura.

 

Sobre a Sustenidos: A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área de educação musical. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo e do Conservatório de Tatuí, além dos projetos especiais: Musicou, MOVE, Ethno Brazil e Imagine Brazil. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita a Melhor ONG de Cultura em 2018, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, de prefeituras, empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.