Comunicados
VI Concurso Interno de Violão Clássico do Conservatório de Tatuí – Homenagem a Geraldo Ribeiro
REGULAMENTO
VI CONCURSO INTERNO DA ÁREA DE VIOLÃO CLÁSSICO DO CONSERVATÓRIO DE TATUÍ
“HOMENAGEM A GERALDO RIBEIRO”
1. Objetivos:
1- Divulgar a obra do compositor e violonista Geraldo Ribeiro, artista consagrado no cenário violonístico brasileiro;
2- Promover intercâmbio entre estudantes, professores e apreciadores de música;
3- Revelar e incentivar novos talentos;
4-Propiciar aos alunos um período de estudo e concentração específico;
5- Incentivar os alunos à apresentação em público;
2. Realização:
2.1 – O concurso será realizado no dia 16 de novembro de 2018, em fase única. As provas terão início às 09h00, sendo que os candidatos deverão estar presentes com 30 minutos de antecedência.
3. Inscrições:
3.1 – Qualquer aluno regularmente matriculado no curso de Violão Clássico do Conservatório de Tatuí pode se inscrever no concurso;
3.2 – As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas do dia 20 de setembro até o dia 5 de novembro de 2018;
3.3 – Para efetuar a inscrição, é necessário preencher a ficha de inscrição que estará disponível no Setor de Violão Clássico (Unidade 2) aos cuidados do Coordenador da Área;
3.4- As peças de confronto, composições de Geraldo Ribeiro, estarão disponíveis na Biblioteca Escolar na Unidade 2.
4. Categorias:
Categoria Infantil – até 11 anos de idade
Categoria I – até 13 anos
Categoria II- até 15 anos
Categoria III- até 17 anos
Categoria IV – acima de 18 anos
Categoria V – Música de Câmara (duos, trios ou quartetos de violão)
5. Programa:
Categoria Infantil até 11 anos – Cantiga para as crianças – G. Ribeiro e uma peça de livre escolha;
Categoria I – até 13 anos – A Guitarra (Prelúdio n.1) – G. Ribeiro e uma peça de livre escolha;
Categoria II- até 15 anos – Ponteado da Violinha – G. Ribeiro e uma peça de livre escolha;
Categoria III- até 17 anos – Cumprimentando – G. Ribeiro e uma peça de livre escolha;
Categoria IV – acima de 18 anos – Arrebol do Nordeste – G. Ribeiro e uma peça de livre escolha;
Categoria V– Uma obra para música de Câmara (abaixo) e uma peça de livre escolha:
– Duo: Canção para uma Pessoa Viva – G. Ribeiro
– Trio: Trio (para Henrique Pinto) – G. Ribeiro
– Quarteto: 2º Movimento da Brasileira nº 2 (Cantilena)- G. Ribeiro
5.1 – Os candidatos deverão apresentar ao júri três cópias da obra de livre escolha, devidamente identificadas. O tempo de execução da peça de livre escolha não poderá ultrapassar 10 minutos;
5.2 – A apresentação dos concorrentes obedecerá a ordem alfabética;
5.3 – O resultado do concurso será divulgado no dia 16 de novembro, ao término das provas.
6. Banca Julgadora:
6.1 – A banca julgadora da Fase Final será composta por no mínimo três violonistas convidados, sendo que um deles presidirá a banca;
6.2 – Os casos omissos serão decididos em comum acordo pela Banca Julgadora e Coordenação do evento.
7. Premiação:
7.1- Todos os candidatos que se apresentarem receberão certificados de participação.
8. Local da prova:
8.1 – A prova será realizada no Teatro Procópio Ferreira do Conservatório de Tatuí, situado à Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP. Telefone para contato: (15) 3205-8444.
GERALDO RIBEIRO
Natural de Mundo Novo-BA, já aos 4 anos de idade manifestava forte inclinação para a música. Inicialmente um autodidata, dedicou-se ao violão por meios práticos, utilizando o famoso método prático de Américo Jacomino (Canhoto). A seguir, na cidade de Assis-SP, por volta dos 13 anos de idade, estudou com o maestro Augusto Mathias e, mais tarde, em São Paulo-SP, com o professor Oscar Magalhães Guerra. Ainda na capital paulista, estudou harmonia, contraponto, composição e interpretação com Ascendino Theodoro Nogueira, que fora aluno de Camargo Guarnieri.
Geraldo Ribeiro destaca-se como um músico versátil, que atua com desenvoltura como intérprete, compositor e arranjador, seja na música erudita, folclórica ou popular. Foi pioneiro no resgate de obras de importantes violonistas populares, como Aníbal Augusto Sardinha (Garoto), Armando Neves (Armandinho), Canhoto e Antonio Rago, fazendo transcrições, edições e gravações de suas obras. Além disso, realizou numerosas estreias mundiais em transcrições de imortais como Johann Sebastian Bach, Georg Friederich Händel, Claude Debussy, Frédéric Chopin, Niccolò Paganini, entre outros. E originais de Souza Lima, Cláudio Santoro e, principalmente, de Theodoro Nogueira, com o qual colaborou intensamente para o registro da sua produção para violão.
Como solista, de personalidade marcante, Geraldo Ribeiro domina um vasto repertório, que abrange obras originais e transcrições engenhosas, que vêm sendo acompanhadas por gerações de aficcionados, como interpretações referenciais de obras do lendário violonista paraguaio Agustin Barrios. Sua primeira gravação, no qual interpreta Barrios e Ernesto Nazareth, foi incluída entre as dez melhores do ano de 1960 pela crítica especializada. Dentre seus primeiros projetos, destaca-se a gravação realizada no final dos anos 1970 – os álbuns “Bach na viola brasileira”, um marco na discografia que chamou a atenção para a herança histórica desse instrumento, e o “Concertino para violão e orquestra”, de Theodoro Nogueira.
É importante destacar que ele foi o primeiro a registrar as obras de Garoto, publicando em álbuns escritos e em gravação em long play. Isto porque, segundo Geraldo, “com Garoto, iniciava-se a era do violão moderno no Brasil”.
Como compositor, Geraldo Ribeiro produziu um vasto repertório, quase todo voltado para o universo do violão, abrangendo solos, música de câmara para diversas formações, constando de aproximadamente 5 cantos populares, 5 serestas, 6 suítes, 25 românticos, 2 cantatas para coro e violão, concertos para violão e orquestra, 4 fantasias e inúmeras peças para solo de violão, que constituem um dos maiores acervos dentre os compositores violonistas. Apenas algumas de suas composições foram editadas pela editora Ricordi e Di Giorgio. Suas abordagens estilísticas voltam-se, por um lado, para o romantismo e, por outro, para a linguagem nacionalista.
Geraldo Ribeiro sempre optou por viver no interior paulista, procurando aproximar-se das manifestações autênticas da cultura folclórica. Neste sentido podemos notar duas vertentes em suas criações: uma voltada à música urbana e outra para as manifestações da música erudita nacionalista, de inspiração folclórica, foco de sua maior atenção.
É o pioneiro da cátedra de violão do Brasil, da Universidade de Brasília, e por muitos anos foi professor do Conservatório de Tatuí, onde é responsável pela formação de grande parte da geração atual de professores e violonistas desta instituição.
Desde o início de sua carreira, influenciou e renovou, através de sua técnica e arte interpretativa, todo o movimento violonístico de nosso país. Atualmente, dedica-se unicamente à carreira de concertista e de compositor, na divulgação de seus preferidos clássicos e de suas mais importantes composições.
(Apontamentos biográficos extraídos parcialmente do texto de Giovanni Matarazzo)